Como já vimos, o passe é modalidade de socorro, é ação fluídica de amor. Para se aplicar o passe, faz-se necessário atender algumas recomendações básicas, a fim de que se obtenham os resultados almejados.
Ao passista solicita-se a harmonia íntima, pensamento elevado mentalizando o Plano Superior, através da prece e vontade dirigida ao auxílio do necessitado. A fé consciente, o pensamento firme e continuado no propósito de servir, são condições fundamentais.
É importante lembrar que, para o bom andamento do trabalho, faz-se imprescindível a experiência, o horário, a segurança e responsabilidade do servidor. A Lei não pode menosprezar as linhas da lógica.
Ao paciente, por outro lado, requisita-se receptividade, fé e confiança no auxílio do Mais Alto, e a mente em prece renovadora. Conforme nos conta André Luiz em seu livro "Nos Domínios da Mediunidade", a eficácia do passe está diretamente ligada ao estado de confiança do paciente, sem a qual as irradiações magnéticas não penetram o veículo orgânico, trazendo o medicamento adequado ao alívio do paciente.
OBSERVAÇÕES
1. O Passe ou Imposição de Mãos é uma prática recomendada e exemplificada por Nosso Senhor Jesus Cristo para efetuar curas ou aliviar sofrimentos provocados por enfermidades físicas ou espirituais;
2. A aplicação de passe poderá ser com uma ou as duas mãos;
3. O passe deverá ser aplicado sempre de cima para baixo;
4. O passista deverá ficar de olhos abertos, observando o comportamento do paciente;
5. Na aplicação de passe evitar ruídos, fungados, assovios, "castanholas" ou movimentos bruscos, os quais são completamente descabidos, pois tiram a concentração do paciente;
6. Não conversar na cabine do passe. Fazer a prece em silêncio;
7. O valor do passe reside no pensamento elevado do passista e não na gesticulação das mãos. O amor é tudo;
8. Nunca tocar o paciente. Fazer a imposição fixa ou móvel à distância;
9. O passe aplicado na Instituição Espírita é mais eficiente do que a aplicação em outros ambientes. Ter cuidado com passes aplicados em hospitais, prisões, manicômios, domicílios, etc.
10. O passista não deve revelar ao paciente o que viu: obsessores, cenas, etc., que possam causar impressões negativas.
11. O passista não deve se preocupar com o resultado da aplicação do passe. Cada trabalhador deve fazer sua parte. A complementação pertence ao alto.
12. Evitar incorporação, manifestações, bem como doutrinação na cabine.
13. O passista deve se preparar física, moral e espiritualmente, evitando alimentos condimentados, carne, fumo, álcool, abusos sexuais, extravagância de qualquer natureza. Manter o asseio corporal e evitar a poluição mental "Não se expulsam demônios dessa espécie senão por meio de jejum e prece".
14. O passista equilibrado, que ora e vigia, conta sempre com boa assistência espiritual; basta pedi-la no momento oportuno – "Pedi e darse-vos-á".
15. Jamais receber presentes ou pagamentos, direta ou indiretamente, pelo serviço cristão que prestou – "dar de graça o que de graça se recebe".
16. O passista deve cultivar a calma, a firmeza nos bons propósitos, a perseverança, a harmonia moral, exemplificando o bem, tanto na Instituição como em qualquer lugar,
17. O passista não deve prometer a cura do paciente, pois esta depende de fatores que escapam ao nosso conhecimento.
18. O passista jamais deve guardar ressentimento, mágoas ou aversões.
19. Antes de dormir o passista deve fazer a sua prece de agradecimento e pedir o reabastecimento de energias dispendidas durante a aplicação dos passes. A prece é o alimento da alma.
20. O passista deve ser otimista e o animador de todos os pacientes.
21. O passista é sempre visado pelas trevas inimigas da Instituição, da Doutrina Espírita e dos trabalhadores na seara de Jesus.
22. Os obsessores criam antipatias entre o passista e os obsediados para que este desanime, se aborreça e abandone o tratamento espiritual e a Instituição que freqüenta. Ter muito cuidado com as ciladas que são armadas; afetos que se transformam em relações ilícitas, tentativas de suicídio, etc.
23. Não se intimidar com as ameaças dos obsessores, mas não subestimá-los.
24. Os bons Espíritos sempre trabalham em equipe, nunca isoladamente.
25. O paciente poderá apresentar pioras no início dos passes, mas isto é a prova da luta que o obsessor trava para afastar do tratamento a pessoa visada.
26. Os obsessores visam preferencialmente o baço nos homens e o útero na mulher.
27. O passe aplicado na pessoa que está dormindo atinge somente o corpo físico, mas quando em estado de vigília, o benefício atinge além do corpo, o perispírito.
28. Existem passes calmantes, tonificadores, restauradores, de curas, etc. dependendo da mediunidade do passista, da sua vontade e do merecimento do paciente.
29. Orientar os "papa-passes" para evitar que fiquem sempre na dependência.
30. O passista deve assistir no mínimo a uma reunião pública por semana.